90 mil desempregados <br>em Aveiro
Miguel Viegas, candidato da CDU ao Parlamento Europeu (PE), esteve reunido, na semana passada, com a direcção da União dos Sindicatos de Aveiro (USA), com quem debateu a situação social e económica do distrito.
O trabalhador precário vive num estado permanente de instabilidade
De acordo com a USA, o desemprego real existente no distrito de Aveiro, calculado a partir dos dados do Instituto Nacional de Emprego (INE), ronda os 90 mil trabalhadores, situando-se muito acima dos números avançados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o que representa uma completa mistificação da realidade destinada a dar suporte à propaganda do Governo, tendo como horizonte as próximas eleições para o PE.
Para além do desemprego, e claramente associada a este, surge a precariedade, verdadeira chaga social a infernizar a vida dos trabalhadores. «Sem horizonte que não seja o despedimento no final do contrato, o trabalhador precário vive num estado permanente de instabilidade, sem nunca chegar a usar o seu potencial ao serviço da empresa», salienta, em nota de imprensa, a CDU, que alerta ainda para «o maior ataque aos salários e às pensões jamais registado na nossa democracia».
«O salário mínimo, hoje, vale menos em termos reais do que o salário mínimo criado em 1974», afirma a Coligação, lembrando que, segundo a USA, «existem todas as condições para aumentar o salário mínimo para 515 euros já a partir de Junho e sem qualquer cedência no capítulo das leis laborais».
No capítulo das prestações sociais, são igualmente visíveis reduções drásticas seja no número de prestações atribuídas, seja no seu valor. «Metade dos desempregados não recebem qualquer subsídio. Outras prestações sociais como sejam o rendimento mínimo de inserção ou o complemento solidário para idosos, têm sido cortados a eito, gerando situações de enorme injustiça», acusa a CDU.
Relançar a economia
Miguel Viegas, que registou grande parte das preocupações dos sindicalistas, reiterou a necessidade de romper com estas políticas como condição necessária para colocar Portugal numa nova rota de desenvolvimento.
«Renegociar a dívida que suga recursos fundamentais que deveriam ser canalizados para o relançamento da economia e para a revalorização dos salários e pensões representa uma questão fundamental para a CDU que conta hoje com apoios crescentes. Desta forma, é fundamental que os trabalhadores do distrito de Aveiro usem o seu voto de protesto contra este actual estado coisas e premiando a força política que está ao lado de quem trabalha. Assim, 25 de Maio é dia de luta dos trabalhadores com o voto na CDU para o PE», sustenta a Coligação entre o PCP e o Partido Ecologista «Os Verdes».